Tráfico de drogas.
Violência.
O ideal seria, simplesmente, legalizar as drogas?
Nossa sociedade é movida a interesses privados. Por que o álcool, um produto nocivo, é cada vez mais consumido pela população?
Advertências, nas propagandas, de que álcool faz mal, em nada adiantam.
Nossa sociedade é movida a “modinhas”. Para os jovens, é “cool” “beber todas”. A bebida não é vista como uma droga. Mas mata. Cada vez mais. E é um caso de saúde pública, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A prevenção em relação ao consumo de drogas seria tão inútil quanto é em relação ao consumo de álcool.
A irresponsabilidade do jovem brasileiro em relação ao álcool é evidente.
Se, hoje, o álcool, que é uma droga e mata, é visto com descaso por muitos e é consumido cada vez mais, como seriam, no futuro, as drogas, se elas fossem legalizadas?
As festas seriam “open drugs”?
Podemos desprezar o mal que as drogas fazem?
Será que os dependentes concordariam? Aqueles milhares, que freqüentam clínicas? Que vivem o sofrimento e que sobrevivem a cada dia?
Será que as famílias dos dependentes concordariam? Aquelas que frequentam clínicas? Que vivem, presenciam o sofrimento e que sobrevivem a cada dia?
O nível de informação passada para os jovens é precário.
O Brasil ainda não está preparado para uma eventual legalização.
Antes, o Estado precisa agir, prevenir e, principalmente, educar.
Um comentário:
Cara Fabiana, compartilho de todas as suas questões e preocupações com relação à legalização das drogas.
Eu sou a favor da legalização das drogas, entretanto, não sou a favor da simples legalização, na linha do "agora pode tudo".
O usuário de drogas deve ser tratado pelo sistema de saúde, e não com a criminalização. Afinal, o usuário é uma vítima.
O preço que pagamos pela manutenção da política proibicionista das drogas é o mais caro de todos: a perda de vida de milhares de jovens pobres, que ou são mortos em conflitos com a polícia (ou até o Exército, como ocorre no Rio) ou vão para o nosso internacionalmente famoso sistema carcerário, que aprisiona jovens, negros, pobres. O número de usuário presos é absurdo, beira quase a metade. E ali, como se sabe, é um pós-doutorado em criminologia, o jovem entra como um iniciante e sai já um profissional do crime, salvo raríssimas exceções.
O Estado deve assumir este problema e ter o controle sob as drogas, tanto para eliminar o mercado ilegal (narcotráfico) quanto para ter um acompanhamento sobre o usuário.
Como você bem sabe, o aumento do uso das drogas reflete as contradições do modo capitalista de existência humana. A questão não é banir as drogas, pois isto seria uma utopia gigante inclusive, além de empreitada totalitária, necessitaríamos de níveis de vigilância e polícia absurdas.
A questão é assumirmos este problema e que o Estado em conjunto com movimentos sociais e demais organizações tratem desta questão de forma humanista, para recuperarmos os usuários e acabarmos com o crime na prática, sem ter de tirar a vida ou prender cada traficante.
Indico-lhe o Coletivo Desentorpecendo A Razão, que é um coletivo nascido em São Paulo do qual simpatizo muito.
http://coletivodar.org
Um grande abraço e saudações libertárias,
Lucas
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