Era uma vez um Presidente que, ao final de 2014, assumiu uma
grande empresa. Os índices de venda da linha do produto daquela companhia superaram os de seu maior rival e lideraram o mercado no ano. Ele, assim,
manteve o Diretor A, experiente, com bom currículo e resultados, no comando.
O seu primeiro ano foi um pouco irregular. O produto
precisava renovar funções e sofrer reajustes. Após altos e baixos, o
resultado, ao final de 2015, deixou a empresa na vice liderança de vendas
nacionais, dentre as 20 maiores.
Mas o presidente não estava satisfeito. As opiniões dos fãs
da corporação, que eram completamente apaixonados por ela desde pequenos e
sempre torciam com todo o fervor pelo seu sucesso, eram divididas. E, assim, o
Presidente demitiu o Diretor A.
O Diretor B, com algum resultado no estrangeiro e poucos
resultados regionais, era a aposta para 2016. E o Presidente resolveu arriscar.
Os fãs, a princípio, queriam outro diretor. Porém, completamente apaixonados pela
empresa, apoiaram e acreditaram no sucesso.
O Diretor B não conseguiu emplacar nas vendas e o produto –
que ele teve tempo de montar - passou a ser questionado pelos fãs e pelo
mercado. Após apenas cinco meses, pediu demissão.
O Presidente, então, contratou o Diretor C para que tentasse
reparar o produto montado por B. Dessa vez, o novo Diretor tinha um currículo
mais robusto e de recentes sucessos nacionais. Os fãs gostaram um pouco mais
dessa escolha e, como sempre, torceram e acreditaram no sucesso.
O produto, com alguns reajustes, seguiu bem questionado pelo
mercado e pelos fãs. Ao final do ano, após a vice liderança em uma linha importante e o quarto
lugar nas vendas nacionais, o Diretor C foi demitido.
Com isso, o Diretor D foi contratado para o ano de 2017. O
novo currículo não continha sucessos, contava apenas com opiniões favoráveis
baseadas em suposições do mercado. E o Presidente resolveu arriscar pelo
segundo ano seguido. Os fãs, que gostavam de se guiar pelas opiniões do mercado e movidos pela paixão, apoiaram a decisão e torceram, mais uma vez, pelo
sucesso da empresa.
O Diretor D teve tempo na montagem do produto, assim como o
Diretor B no ano anterior.
Após um razoável resultado regional, o produto seguiu bastante
questionado: na linha importante, conquistou uma pequena vantagem; um resultado
ruim sul americano carregava reais possibilidades de reversão; já na disputa
nacional, o produto apresentava falhas importantes e os
fãs já não aceitavam.
O Presidente, pouco antes das decisões que iriam sacramentar
os resultados momentâneos na linha nacional e sul americana, demitiu o Diretor
D.
O Diretor E, então, foi contratado para aprimorar o produto montado por D. Ele comandaria a empresa nas decisões
que definiriam o ano. Mas o seu currículo praticamente inexistia.
Os fãs estavam muito irritados.
O final da história aconteceu em 09 de agosto de 2017.
The End.
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