(Escrevi em 2010. Mas continua atual)
Carrego a estigma de nunca ter votado no
presidente Lula. Sinto-me quase tão ridícula quanto Regina Duarte em seu
memorável discurso de 2002. Não que eu partilhasse da mesma ideia cômica da
atriz global. Mas é que não posso falar que votei no presidente que modificou o
Brasil. Que retirou milhões da pobreza. Que elevou outros milhões à classe
média. Que fez Universidades, expandiu as escolas técnicas, e que apenas cursou
a 4ª série primária. Que retirou o Brasil da maior crise econômica mundial com
uma maestria invejável, enquanto “especialistas” tucanos o criticavam e diziam
que o governo não possuía “conhecimento econômico”.
Carrego uma cicatriz. Fruto do preconceito que
percebo estar presente na classe em que vivo. Não na maioria, afinal, Lula
possui uma ótima aceitação.
Sempre gostei de política. Porém, por um tempo,
fechei os olhos para as conquistas do governo atual.
O preconceito é uma ferida que todos
carregam. Para crescermos, é preciso que se torne uma cicatriz. Se a chaga
ficar aberta, não evoluímos. Significa que não saramos a enfermidade.
Pior eleitor é aquele que, mesmo lendo
informações, faz sangrar a ferida.
Pior é aquele que prega a igualdade e se esquece,
no momento de votar, qual governo realmente buscou diminuir as diferenças.
Pior também é aquele que se cala e continua a
ignorar fatos concretos. Números oficiais. Ou que se orgulha em dizer que não
se informa.
O preconceito que eu carregava com extrema
altivez tornou-se caricato assim que passei a ler sobre os avanços do atual
governo. Acreditava que Lula era um incapaz. Jurava que ele era popular porque os pobres recebiam o tal “bolsa-esmola”. Baseava-me em
argumentos alheios advindos de pessoas que também se baseavam em ideias
alheias. Baseava-me no meu preconceito, enfim.
O ciclo vicioso que impregna parte da classe
média deve ser quebrado. Ao menos por aqueles que realmente se preocupam com os
necessitados e com a continuidade de um Brasil crescente.
Engoli a farofa seca da ignorância preconceituosa.
Percebi meu despreparo nos argumentos chulos que profanava.
Muitos não enxergam que um ex-metalúrgico é um
ótimo Presidente da República. Entoam ironias e brincadeiras com o intuito de
dizer que Lula é incapaz.
Dizem que “pobre não sabe votar” por não ter uma
educação adequada.
O presidente Lula sofre o mesmo preconceito que
os menos favorecidos sofrem.
Para mim, pobre sabe, como ninguém, votar. Sabe
muito mais que muito alienado que se baseia em material mentiroso, hipócrita e
preconceituoso, como eu antes fazia.
Os necessitados são os que mais sentem a atuação
de um governo. Como dizer que eles não sabem votar?
Todos cursaram escolas boas em meu meio. No
entanto, testemunho relatos que demonstram notória falta de conhecimento.
Obter um diploma não é sinônimo de obter sabedoria.
Para exemplificar: recebi, certo dia, um e-mail
que afirmava que um zelador ganhava mais de mil reais de bolsa-família e que,
por isto, não queria mais trabalhar. Todos que já leram a legislação ou que leem
sobre o assunto sabem o absurdo que é o conteúdo desta correspondência
eletrônica. O médico que me mandou o e-mail ainda escreveu a seguinte frase:
“leia este link (continha a lei que regulamenta o bolsa-família) ou será igual
o Lula”. Eu li.
Pior cego é aquele que não lê. Bastava o doutor
abrir o link e interpretar a lei também. Verificaria a falsidade do e-mail. Mas
preferiu me atacar com argumentos sem sentido. Pior para ele e para nós,
brasileiros.
Neste ano circularam e-mails cujo objetivo era
desqualificar a presidenta eleita, Dilma. Verifiquei que o conteúdo era falso.
Constatei, também, frieza. Uma mulher que lutou em nome do país e que, por
isto, foi torturada, é chamada de “bandida”. Dilma se utilizou dos únicos
métodos possíveis para lutar contra a ditadura. Ou alguém acha que existiam
meios democráticos naquela época? Graças a ela e muitos outros guerreiros, a
democracia está presente em nosso país.
Dilma, quando jovem, pertencia à classe média.
Possuía ideais que hoje pouco ecoam entre os jovens. Lutou pela democracia. Foi
presa. Torturada.
Hoje a chamam de terrorista. Dizem que ela vai
implantar a ditadura. Existem argumentos mais injustos do que esses?
Bandido, para mim, é aquele que procura roubar o
passado do outro através de inverdades.
Votei em Dilma. Por sua história. Por sua
indiscutível capacidade. Aliás, já debati com alguns sobre a enorme capacidade
de Dilma. Seria indiscutível se todos procurassem se informar sem carregar a
ferida aberta do preconceito. Se buscassem verificar todos os feitos da
presidente eleita.
Votei em Dilma porque ela representa o governo do
avanço, que faz o Brasil ser respeitado como “nunca antes na história deste
país”.
O governo de Dilma é para todos.
É um vexame a quantidade de alienados políticos
no Brasil. Não estou falando dos informados que possuem opiniões diferentes das
minhas. Eles sabem muito bem o que defendem.
Mas o alienado convicto, aquele que vota sem
saber o que o seu voto representa, deveria se envergonhar.
Um comentário:
Justru malah, bakal rugi banget kalau misalkan Anda gak ambil peluang langka ini.
Yuk ah, tunggu apa lagi?
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